O que mais me chamou a atenção nesses dias em NY, além da moda de rua, foram 2 exposições de moda específicas:
✅ “Africa Fashion” no Brooklyn Museum
✅ “Karl Lagerfeld: A Line of Beauty” no Metropolitan Museum
Ambas trazem sinais importantes do espírito do nosso tempo e são muito importantes para o processo de coolhunting. Porque elas estão dando sinais claros do que está por vir? A observação da arte é essencial na pesquisa de tendências. Vou falar aqui da primeira:
O final do século XX fez a moda e toda cultura africana explodir, devido ao processo de descolonização da Europa. “Criativos africanos contemporâneos estão expandindo a moda global, paisagem através da moda de luxo, prêt-à-porter e sob medida estilos de pedidos, adornos artesanais e muito mais. Desenho de ricos legados artísticos e de alfaiataria, esta geração está impulsionando novos limites, reexaminando identidade, agência e abundância de uma miríade de perspectivas e moldando um futuro cheio de possibilidades.”
Esse texto explica a importância do tecido no continente, além da comunicação através da moda e sua relação com o espírito do tempo, ou seja, o clima cultural, comportamental e social de um período de tempo em alguma região:
“A POLÍTICA E A POÉTICA DO PANO
A produção, design e modelagem de roupas africanas têxteis têm uma história rica. Em muitas culturas do continente, os têxteis são considerados uma forma de arte e servem a muitas funções, seja envolto em sem cortes, comprimentos ou modelados em roupas sob medida. Eles podem simbolizar prestígio e poder, atuar como ancestrais documentos transmitidos por gerações, ou servem como repositórios de informações culturais em cerimônias. O pano cobre o corpo como uma segunda pele – adornando seu usuário e transmitindo significado através da cor, padrão e textura. Motivos de tecido podem imediatamente evocam um sentido específico de lugar e revelam histórias de intercâmbio cultural, e dentro do contexto dos movimentos de independência em todo o continente, as tradições têxteis começaram a assumir novos significados políticos.”
Como visionários, sempre valorizaram o trabalho artesanal, a sustentabilidade do planeta, a produção local, a reutilização de materiais, a economia circular… reinvestem no próprio local e promovem a equidade, na qual o mundo prospera. Enraizado nas muitas culturas, histórias, mitologias e tradições espirituais. Aprendi também sobre Afrotopia: uma meditação vibrante e um chamado poético para uma filosofia utópica africana de auto-reinvenção para o século XXI. No rescaldo recente do colonialismo, das guerras civis e da crise da AIDS, um novo dia finalmente parece estar brilhando no continente africano.
Gostaram?
Para saber mais sobre a segunda exposição “Karl Lagerfeld: A Line of Beauty” no Metropolitan Museum, clique aqui
Para saber mais sobre o curso de Coolhunting, clique aqui.
Abraços, Silvia