Sobre a polêmica mudança do estilista Demna Gvasalia da Balenciaga para a Gucci e a importância do entendimento sobre gerações e espírito do tempo, segundo o New York Times:
“Estávamos procurando um designer forte e opinativo”, disse Stefano Cantino, CEO da Gucci. “Demna é um dos poucos.” Ele traz consigo não apenas habilidades de design, mas “uma compreensão da cultura contemporânea, do que é luxo hoje é uma profunda compreensão da nova geração”.
Eu particularmente admiro muito o trabalho dele, principalmente depois de um desfile da Balenciaga em fevereiro de 2020, semanas antes da pandemia explodir. Demna trouxe uma passarela com fogo no teto e piso cheio de água, como uma premonição do que estaria por vir. Por isso, foi chamado de “is this the end of the world” ou “apocalipse show” por muitos críticos.
Isso demanda uma conexão tão forte com os acontecimentos do mundo e o espírito do tempo, que vira quase um futurólogo, importantíssimo pra quem trabalha com moda e pesquisa de tendências de comportamento.
A estética dele nem sempre agrada os olhos da grande maioria das pessoas, mas o que é novo e diferente, costuma causar estranhamento no início. E a moda precisa de inovação, criatividade, sem barreiras. Veremos o que vem por aí.
Nas imagens: Kim Kardashian comparecendo ao Met Gala em 2021 em um visual Balenciaga desenhado por Demna Gvasalia. E desfile de fevereiro 2020, uma bolsa do “hack” da Balenciaga da Gucci em 2021. – Fonte: New York Times
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