Salto Agulha: Um Símbolo de Poder e Liberdade

O salto agulha foi criado nos anos 50, quem não se lembra do look Dior no pós guerra? Uma época que a moda era bem feminina, acinturada, para uma mulher que ficava mais em casa e não precisava de tanta praticidade.
Considerado inimigo dos podólogos e alguns ortopedistas, na pandemia os saltos foram completamente deixados de lado. Muitos aboliram pra sempre. Mas por que as pessoas voltaram a usar?

Segundo a matéria do NY Times na coluna “Ask Vanessa”, um estudo publicado na revista BMC Public Health sugere que também existem aspectos psicológicos positivos. Eles alongam as pernas e aumentam a altura, conferindo ao usuário uma sensação de vigor.

Segundo Tara Swart, neurocientista e professora sênior do MIT, “nossa afinidade com saltos altos pode estar profundamente em nosso subconsciente. Na época das cavernas, a altura era uma vantagem evolutiva, permitindo que as caçadoras-coletoras alcançassem alimentos que de outra forma seriam inacessíveis. Além disso, aquela postura de seios e bumbum para fora oferecia uma vantagem no jogo reprodutivo.”

Para Tamara Mellon – ex-diretora criativa da Jimmy Choo, os saltos criam um clima e uma mudança psicológica, como fazer a postura da Mulher Maravilha para confiança. Sua linguagem corporal muda. “Muitas mulheres com quem converso em cargos de alto escalão usam o salto como poder”.
Tudo isso sugere que os estiletos não irão desaparecer tão cedo. A diferença entre os velhos tempos e os dias de hoje, é que agora eles fazem parte de uma infinidade de opções. No final das contas, a liberdade de escolher o sapato que você quer usar é o que importa.

O que sempre digo nos cursos de tendências, não podemos ser pragmáticos. Muita gente me perguntou na pandemia se as mulheres voltariam a usar salto um dia, uma vez que apreenderam a ter mais conforto nos pés, e ainda conseguir passar uma imagem elegante e arrumada. Eu dizia que a tendência era usar menos ou mais baixos, mas que não iria acabar.

A moda e a imagem são construções sociais. Só torço para que um dia a mulher não precise mais sofrer para passar uma imagem de poder. Afinal, não vivemos mais nos tempos da cavernas. Concorda?

Abraços, Silvia.

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